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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

AVALIAÇÃO FINAL

PROJETO DE APRENDIZAGEM, REALIZADO NA ESCOLA MUNICIPAL ROTARY

MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS – ANO 2009


Quando começamos, não tínhamos idéia do que seria o projeto. Muitos professores não se interessaram porque achavam que era mais um trabalho burocrático, que não alteraria nada no fazer pedagógico. Mesmo entre os que, a princípio, aceitaram participar, alguns, poucos, desistiram diante das dificuldades com a tecnologia na primeira fase do projeto, justamente por não acreditarem.
Hoje, fazendo um balanço deste ano de trabalho, todos concordamos com o desabafo do professor Helismar: “nunca mais eu vou dar aula como eu dava antigamente”.
De fato, nós aprendemos muito! O passo que nossos alunos deram foi pequeno e importante, mas os da equipe foram bastante significativos.
No nosso encontro, procuramos responder às questões propostas como indicadores de mudança, uma a uma, como se segue:
No nosso país, infelizmente, a visão da educação não está voltada para o desenvolvimento pleno, principalmente porque o conhecimento é segmentado, a família está alijada da parceria com a escola na educação, sem contar os problemas de falta de estrutura material. Enfim, esbarra-se nos problemas sociais e institucionais. Entretanto, com o projeto, conseguimos quebrar alguns tabus, abrindo mão, até certo ponto, da grade curricular para investir na maior autonomia do aluno no processo de construção e apropriação de conhecimentos.
Dessa forma, nas turmas atendidas, saímos do currículo tradicional, a fim de incentivarmos os alunos a desenvolverem as quatro competências propostas pelo projeto. O desenvolvimento da competência pessoal foi observado, por exemplo, quando os alunos foram desafiados a construir o blog, a escrever o próprio perfil e, também, quando se viram na necessidade de descobrir o que gostariam de aprender.
O momento da pergunta foi difícil e até doloroso, acreditamos nisso, uma vez que, no processo de escolarização, eles, alunos, foram guiados, quase sempre, no caminho do responder. Por sua vez, a partir do PA, tiveram quem trabalhar com a reflexão, uma vez que deveriam, inicialmente, perguntar. Dessa forma, instauramos uma grande mudança de paradigma.
As competências relacionais foram, notamos isso no desenrolar das pesquisas, as mais fáceis diante do novo e interessante. Observamos muita solidariedade e compreensão. Os que aprendiam mais rápido se orgulhavam de ensinar e agiam como monitores. Quando dividíamos as turmas, uma parte na sala de informática e outra na sala de aula ou na sala de leitura, eles aceitavam com facilidade. Havia bastante colaboração, mesmo quando as questões eram diferentes, já que muitas vezes um aluno acabava se interessando pela pesquisa do outro também.
Queremos ressaltar a colaboração não só entre alunos, mas também a força que nos deram as professoras da sala de informática, Elizangela e Simone. E também, o apoio dos Coordenadores de Turno, Jô e Albino, que abriam e cuidavam da sala de informática, quando não havia nenhum professor disponível, para que os alunos tivessem mais tempo para desenvolver seus projetos. A ajuda da professora Marluce da sala de leitura também foi fundamental para a realização do PA.
É importante ressaltar o trabalho dos professores interlocutores e parceiros como orientadores e facilitadores. Ensinando como se pergunta, o que é um blog, o que é um Mapa Conceitual, além de todos os comentários de incentivo e de motivação, mas críticos, nos blogs dos alunos.
A estrutura de gestão proposta pela rede pública, em geral, é muito pouco democrática, entretanto, dependendo da Direção pode-se quebrar algumas barreira. Esse é o caso da nossa escola no atual momento. Vivenciamos uma relação boa e dialógica com a Direção e a Equipe Pedagógica, o que facilita a gestão participativa.
O projeto, como um todo, engendrou sinergia e ajudou a ampliação da relação citada. O que não conseguimos, ainda, é uma maior participação dos alunos na gestão. Mas, entendemos que estamos mais abertos e dispostos a ouvi-los, a fim de construirmos uma escola de excelência. O que falta é conscientizá-los do papel deles como atores importantes dentro do espaço escolar.
A tecnologia, efetivamente, foi usada para o desenvolvimento da autonomia do aluno na busca e construção de conhecimento. Na sua maioria, eles, alunos, entenderam a diferença entre um site de relacionamento, que alguns já conheciam, e uma página de troca de conhecimento on line. Essa percepção incentivou não só a busca na rede, mas também na biblioteca da escola. Seria interessante se tivéssemos um scanner e uma impressora para fazer a ponte do papel para o digital e vice-versa.
Pra concluir, tentamos, ao longo do texto, evidenciar que reconhecemos que os resultados foram bastante positivos e que seria muito bom se tivéssemos uma infra-estrutura melhor de velocidade e constância dos sinais da internet e, também, uma biblioteca melhor provida, de forma que pudéssemos estender o projeto a, pelo menos, todos os alunos do sexto ano.

Duque de Caxias, 04 de dezembro de 2009

Adriano Barbosa
Alfeo Santana
Helismar Azevedo
Jaqueline Pacheco
Joselinda Cândida
Mabel Ide
Patrícia Fróes
Sandra Minagé
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